Das discussões à mente vencedora: Copa de 20 anos atrás inspira França e Bélgica
- Reginaldo De Souza Dias
- 10 de jul. de 2018
- 2 min de leitura
Semifinalistas têm mesma fonte de inspiração: a França de Zidane que derrotou o Brasil na final. Deschamps de um lado, Henry agora de outro, foram personagens da conquista
Daqui a dois dias, em 12 de julho, fará aniversário de 20 anos o único título francês em Copa do Mundo. A vitória acachapante por 3 a 0 sobre um convulsionado Brasil na final de 1998 tem muitíssimo a ver com o jogaço desta terça-feira. Aquela equipe campeã serve de inspiração para França e Bélgica, semifinalistas de 2018. Elas se enfrentarão em São Petersburgo, às 15h (horário de Brasília).
Nem tanto taticamente, mas sobretudo em aspectos emocionais e de montagem de grupo, os técnicos Didier Deschamps e Roberto Martínez bebem muito da fonte de duas décadas atrás.
Do lado azul, os motivos são mais óbvios. Deschamps era o capitão em 98. Teve a honra de levantar a taça mais cobiçada do planeta cercado pelo craque Zidane, por grandes jogadores como Thuram, Blanc e Djorkaeff, e outros que à época ainda eram jovens. O principal deles, Thierry Henry, por ironia do destino, adversário agora, auxiliar-técnico da Bélgica.

Henry foi escolhido por Martínez para sua comissão técnica justamente para emprestar alma vencedora a um país que não tem nenhuma conquista de grande porte. Um dos primeiros diagnósticos do espanhol ao ser contratado pela Bélgica e iniciar um processo de imersão na cidade de Waterloo foi a necessidade de um ícone triunfante para sua comissão.
Les Bleus
Deschamps era um capitão de personalidade. Já revelou ter tido intermináveis discussões com o então técnico Aime Jacquet no vestiário daquele time campeão, mas, ressaltam, sempre construtivas. Jamais colocar o talento individual acima do pensamento coletivo era um lema de 1998 – mesmo com Zidane – que parece ter sido carregado por Deschamps.
O técnico demorou a fazer de Mbappé absoluto na equipe. Na verdade, isso só aconteceu na Copa do Mundo, a exemplo de 20 anos atrás, quando um dos principais trunfos, a dobradinha entre Zidane e Djorkaeff, jamais chegou a ser ensaiada. Isso foi tratado como trunfo num diálogo entre Deschamps e Jacquet, anos depois.
Diabos vermelhos

Henry tinha apenas 20 anos na Copa-98, mas mesmo assim foi bastante utilizado por Jacquet. Bateu até pênalti na decisão contra a Itália, nas quartas. Mas carrega uma frustração: a expulsão do zagueiro Desailly, na final, impediu que Jacquet o colocasse em campo por alguns minutos.
Fonte: G1
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