Demora no atendimento de saúde em SGS revolta moradores
- Reginaldo De Souza Dias
- 29 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
“Falta médico nas unidades básicas de saúde e isso aumenta a demanda do pronto atendimento”, diz provedor da Santa Casa
O desespero bateu a porta do aposentado Joaquim Rates da Silva, nesta semana. Aos seus 72 anos, necessitou travar uma luta para que sua esposa fosse atendida no Sistema Público de Saúde de São Gonçalo do Sapucaí.
Com a esposa enferma há vários dias, ele relata o descaso e a precariedade dos postos de saúde do município. “Minha esposa está muito doente, vomitando demais. Passamos no postinho, disseram que não iam atende-la. No pronto atendimento a atenderam depois de muito tempo, mas não colocaram a mão nela. Isso é um absurdo, é um absurdo você ter que sair da sua cidade para conseguir atendimento médico.
Aqui, não tem remédio, remédio de pressão, remédio básico. Tem gente no pronto atendimento, que chegou a esperar cerca de quatro horas para ser atendido. Que país é esse? O prefeito, não sei o que está acontecendo com ele. Você vai passar no médico, não tem soro, não tem medicamento para te atender. É triste, lamentável”, exclamou.

A sua esposa, Olivia Lacerda da Silva, ressalta que chegou a procurar atendimento médico no dia do último jogo do Brasil, e foi informado que na ocasião não haveria atendimento. “Desde o último sábado estou esperando atendimento. Eu tentei encaixe e não consegui. No dia 27, eu tinha ortopedista, não consegui, cancelaram todas as consultas no dia do jogo do Brasil. Já são duas semanas de dor nas costas e no corpo. No posto não tem remédio, eu tenho que ficar comprando. Não tem remédio básico. Infelizmente, eu sei que problema de saúde tem em todo lugar mas aqui, os médicos fecham os postos cedo demais. É um desaforo eu ter que ir para outra cidade, para passar no médico. Que governo é esse? Que prefeito é esse que estamos tendo? Fazer piscina, quadra, praça enquanto as pessoas morrem? Eu vi várias pessoas sofrendo sem atendimento no hospital”, destacou.

Ela ainda enfatizou, que acumula desde o início do ano, seis encaminhamentos e desses, não conseguiu receber atendimento de nenhum. “Me sinto revoltada em saber que pago meus impostos, cumpro com as minhas obrigações e quando preciso ser atendida não consigo. Isso é um abuso com o ser humano, uma completa falta de respeito”, finalizou.
Provedor da Santa Casa diz que faltam médicos nas unidades básicas de saúde
O Brasil Metrópole entrou em contato com o provedor da Santa Casa, Dr. Akira Yamaguchi, que destacou que houve um aumento na demanda do pronto atendimento, devido à falta de atendimentos nos postos de saúde, no entanto, todos os pacientes são atendidos de acordo com a triagem feita a partir do Protocolo de Manchester.
O Brasil Metrópole também tentou contato com a prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí, para saber a respeito do atendimento ofertado nos postos de saúde, mas até essa publicação não recebeu nenhum retorno, apenas o vice-prefeito Fábio Capelli, informou que ainda não tem conhecimento da situação e estará se inteirando a respeito do caso.
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